Se o pássaro gorjeia firme lá fora, por que aqui
lês o mísero livro?
No livro me dou por livre e dos muitos
fantasmas fujo, me livro. A esquálida concreta realidade cega um olho meu e
lacrimeja outro. Que o pássaro bata então suas asas e corteje o céu azul; eu na
penumbra dou segmento à vida, banhando-me em outras naturezas vividas, cujos
sóis já não mais tanto ardem, já não mais machucam tanto a retina, mas assim
mesmo penetram fundo.
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