nua...

várzea...()

Toninho no bar... ()

parque...

menino com pipa...()

mma...()

Pra que tanta compleição se lhe falta compreensão? 

natalinas... ()

natalinas... ()

a menininha de bracinhos de graveto...

rua...

senhora...

moço...

...

eu...? quando...?

taxista...

matutino...

palestras...

Olímpia... ()

metrô...

restaurante...()

rua...

escritório...

escritório...

rua...

passante... ()

travessas...()

Por que remetes o olhar para longe da multidão e recuas ante o seguir da leva de destemperados?

rua...

multidões... ()

trens...

Que longínquos trens tens em mente para que fixes assim o olhar em vastos horizontes, ainda que no subsolo escuro da estação? 

senhora...

restaurante... ()

passantes... ()

A multidão carrega consigo um mundo de desejos e compromissos...

praça... ()

Na hora do almoço entre prédios, o homem foge da multidão e em tão pouco descampado carrega sofrego a bola, compensando a pouca habilidade com carreiras sem freio. 

San Marco ()

céus...(2)

céus...(1) ()

rua...

palestra...

Ela fala ao microfone com jeito de quem quer ir logo embora...

rua...

metrô...

parque...

O céu é azul e ele oferta muitas mercadorias...

parque...

bar... ()

bar... ()

Metrô...

O mosquito e a tartaruga ()

O mosquito, poeta e louco, apaixonou-se loucamente pela tartaruga.

Bicho de vida passageira, o mosquito lançou-se envolvente na corte da amada: prometeu amor eterno, flores, poesia, um mundo de fantasia.

A bela tartaruga, com longa vida pela frente, achou o mosquito muito insistente e falou que a coisa não era assim, tão de repente.

Agoniado pela demora, o mosquito viu passar sua pouca vida: dois dias e uma hora.

Já a beira da morte, poeta que era, chorou sua tristeza murmurando: “Perduto è tutto il tempo Ch’in amor non si spende”*

A tartaruga nunca mais conheceu paixão tão verdadeira, e viveu 300 anos achando a vida cruel e passageira.

* Perdido é todo o tempo que em amor não se consome. (Torquato Tasso).

Klabin Empório ()

verão...

O sol é forte e ele se protege...

pizzaria... ()

Ele toma delicado o vinho bem escolhido...

Dom José... ()

direita... ()

Ele concorda com aqueles que esbravejam e se dá a falar da pouca vergonha do mundo...