segunda-feira, 24 de novembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

praça...


O sol da primavera não é suficiente para tirar-lhe um sorriso...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

O homem que dava ouvidos ao que ele mesmo entre dentes sibilava ()


Recostado à porta do bar, indiferente ao passar dos muitos carros, o homem se detinha consigo próprio em balbucios e lamentos. Que tantas reprimendas lhe eram feitas por quem a si mesmo reprimia? Decerto, dava vazão às angústias nascidas naquele que tanto afligia como tanto se estreitava. A gestos largos se lançava o sujeito contra o outro que ali também estava. Em conversas se perdia com o outro que ali mesmo se encontrava. Combatia ele o que ele espelhava? Afirmava ele o que o outro lhe negava? E lá ficou o homem a segredar ao homem o que ele muito já sabia. O que muito já sabia, mas que ele muito renegava. E contrafeito murmurava argumentos contrários aos que o outro tampouco objetara. Deu dois passos o sujeito e pareceu dizer a si e ao outro que àquilo não mais se sujeitava. Doravante, a dor do outro muito pouco lhe importava, e em passos firmes seguiu adiante. E lá foi o homem seguindo colado os passos do homem que pensava ao longe se adiantar.