Em noite de inverno, o homem cheio de letras ouviu
às suas costas: “Que jardim rosido!”
Quis assim a trilha do acaso indicar
encanto ao regrado homem por tortuosa frase.
Mesmo que de passagem, ele pensou: “Pro
diabo todo capricho gramatical, humores todos da sintaxe, todo cabresto
morfológico! Por que haveria eu de insistir que florido o jardim é, todas rosas ele tem,
se muito mais ele pode ser, se tão somente “rosido” ele é. Ah, esta moça que não ouso saber quem é,
tem a voz macia e sabe tudo de bom português”.
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