Inácio, o galináceo, por muito tempo lançou ao
alto seu canto, anunciando aos homens o alvorecer e a hora da labuta.
Mas a
cidade cresceu, abraçando o terreiro de Inácio. Mesmo em quintal emparedado, o
galináceo empoleirado insistia no ofício, louvando manhãs e os homens laboriosos.
Mas os oficiais de escritório acordam tarde,
e se exaltam com os louvores das manhãs, estrilam com quem tagarela às
madrugadas.
E todos devem se submeter à municipalidade: o
homem, o cão, os bodes; até as galinhas botadeiras estão sujeitas às posturas
municipais.
A princípio, Inácio deixou de sustenidos e passou
a cantarejar; mesmo assim, não contente, o povo de escritório levou o galináceo
a trilhar outras veredas, arrastando consigo tão somente uns poucos cacarecos.
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Legal!
ResponderExcluirObrigado, Giovani. abs
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