sábado, 5 de janeiro de 2013

Luana na lua ()

(poeminha fonético) 

Na lua se via Luana,
Luana vivia no mundo da lua.
Longe, leve, linda.

Luana alegava que lá,
na lua,
não era só ela,
pois um lobisomem
tinha por leito
o outro lado da lua.

Laís, Leila, Lívia, Lorena e Luiza,
suas colegas,
falavam:
larga de lorota, Luana,
isso é coisa leviana.

Intolerantes,
Os tolos alunos do colégio
legaram a Luana
o apelido de lunática.

Em lírica lucidez,
Luana,
nada lisonjeada,
limitou-se às lágrimas,

Leal à Luana,
só o lobisomem,
que levou ao lado luminoso da lua
um latido lamentoso.*

* Lamentável é que só muitos e muitos anos depois os cientistas descobriram um lobisomem (então velhinho) no outro lado da lua.

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