Eis atrás do balcão o homem de bigode. O homem e seu bigode vozeiam que nada pode, que espere um momento, que pra cada ato um documento. Do guichê, ele anuncia: "Meu momento é uma hora! Sem documento, senta e chora!". Tanto afinco finda às cinco: no bater do último carimbo se encerra todo processo. Vão-se embora o homem e seu bigode. Sobre o ombro do homem vai o peso de todo um protocolo, com ele também a pastinha de documentos, como um bebê ao colo.
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