Na esquina da Patriarca, a porta descerrada, pichada, a loja
violada.
Óculos, relógios, bugigangas levadas por mãos afoitas.
Nenhuma monetária transa. Ação à vista, sem troco, sem nada.
Curiosa cena: ali ao lado, virginal, incólume livraria.
Na confusão, ninguém se deu por livros. Em correria, nenhuma
mão deles se apropria; a massa encrespada não surrupia livros. Nas prateleiras,
todos os autores em desabusada ordem. Para as coisas literárias dispensam-se
tropas de choque. Volver!
Fúrias e ganas se bastam com relógios e outras coisas
bacanas...
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